terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A Tentação do Atalho


Reapassando um historia para refletir, narrada por Rick Warren:

Certo verão nossa família tirou férias e viajou de carro, tendo como única meta conhecer a parte oeste dos país. Carregamos nossa perua e partimos em busca de aventura. Ao final de duas semanas tínhamos adicionado mais de 8.000 Km ao hodômetro. A maior parte do tempo nos concentramos em curtir a viagem, sem nos apressarmos rumo ao nosso destino. Porém, em um dos Estados que atravessamos (cujo nome não direi!), ficamos tão entediados com a monotonia da paisagem imutável, que adotei o que pensei ser uma brilhante ideia: pegar um atalho para uma grande cidade próxima.

A estrada alternativa que o mapa exibia parecia ser perfeitamente aceitável, aparentemente uma rota direta para a tal cidade. Com base no mapa calculei que o atalho nos pouparia pelo menos uma hora de viagem e nos livraria da tediosa paisagem. Mas isso provou ser um grande erro. A estrada apresentava uma dificuldade após outra e uma série de obstáculos desagradáveis: obras na pista; fila de caminhões lentos que não podíamos ultrapassar; bois e ovelhas no meio da estrada bloqueando a passagem; buracos que mais pareciam crateras. Além disso, não tinha postos de gasolina ou banheiros para atender as necessidades da viagem.

Final da experiência: o “atalho” que propus acabou sendo mais longo do que a rota original, quase ficamos sem gasolina e eu fiquei com uma família irritada e pouco compreensiva! Lição aprendida: atalhos nem sempre são tão bons quanto parecem! Embora algum físico possa querer debater este ponto, parece óbvio que, algumas vezes, a menor distância para um objetivo não é uma linha reta.

Atalhos – e seus perigos potenciais – não estão limitados a viagens. O clima competitivo dos negócios, frequentemente nos tenta a economizar a fim de acelerar o progresso de projetos, ou cortar despesas para aumentar a margem de lucro. Pressões de prazos, gerenciamento de demandas, cobiça ou mesmo preguiça, podem nos predispor à adoção de manobras imprudentes rumo aos objetivos escolhidos. Atalhos éticos como fraudar o cliente na qualidade do produto ou serviço, sempre voltarão para nos assombrar, se não imediatamente, a longo prazo com certeza.

Com sua sabedoria até a Bíblia apresenta alertas contra a adoção de atalhos:
"Quem anda com integridade, anda com segurança, mas quem segue veredas tortuosas será descoberto"; "O ganho desonesto não é duradouro, então, por que assumir o risco?”; "O dinheiro ganho com desonestidade diminuirá, mas quem o ajunta aos poucos terá cada vez mais"; O fiel será ricamente abençoado, mas quem tenta enriquecer-se depressa não ficará sem castigo"

Da próxima vez que sentir-se tentado a pegar um atalho, seja cauteloso e pense cuidadosamente antes de fazê-lo.

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